A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) encaminhou relatório à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) referente a invasão dos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro. Nos relatórios, que totalizam 390 páginas, o órgão identificou nomes de três possíveis financiadores de 103 ônibus.
Os nomes identificados pela Abin são: Pedro Luis Kurunczi, Marcelo Panho e Marcos Oliveira Queiroz. O órgão também informou a chegada de 105 ônibus no dia 7 de janeiro, e mais 40 ônibus no dia 8, quando ocorreram os atos criminosos.
Vale lembrar que a base governista tentou impedir que a CPMI fosse instaurada, o que mudou após compor dois terços das 32 cadeiras. Eles tentaram impedir que a oposição avançasse na instauração, e líderes de partidos aliados pediram para deputados retirarem as assinaturas do requerimento de abertura do inquérito.
A oposição tentou, mas não conseguiu emplacar nenhum nome que havia pedido em nove requerimentos. Foi solicitado para depor, o ex-chefe de Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marco Gonçalves Dias, e o fotógrafo da agência de notícias da Reuters, Adriano Machado, que estavam no Planalto no dia 8 de janeiro.
Parlamentares lamentam o que chamam de “sequestro” da competência investigatória do colegiado pelo governo. E acreditam que as oitivas, como também a votação de requerimentos, não avançaram na tentativa de esclarecer possíveis omissões por parte do Executivo Federal.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) destaca que é preciso ouvir G. Dias, em relação à falsificação de documentos, e as imagens dele e sua equipe entregando água a manifestantes. Quanto a Adriano, ele é flagrado no circuito interno das câmeras do Palácio do Planalto e chega a registrar o momento em que um manifestante chuta a porta do Gabinete Presidencial. Em seguida o fotógrafo mostra as imagens para o invasor.