O atual presidente em exercício do Senado, Rodrigo Cunha (Podemos) vê com ressalvas as intenções do senador Renan Calheiros a respeito da criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a Braskem – a empresa petroquímica é responsável pelos danos no solo da cidade de Maceió, em Alagoas. Cunha se reuniu com o prefeito João Henrique Caldas (PL) e com o ministro do Turismo, Celso Sabino, para discutir as medidas tomadas após o solo afundar mais de 1,8 metros desde o dia 30 de novembro.
“A CPI surge com três vícios que são intransponíveis. Começam a gerar dúvidas do que será investigado e de quem será o investigador. Demonstrando a necessidade de se ter fiscalização, seja através da CPI ou da Comissão de Fiscalização do Senado Federal”, relatou o parlamentar. Existe um questionamento do Congresso sobre Renan Calheiros. Fontes garantem que o político está focado em atrair os holofotes para si.
A CPI da Braskem tem todas as assinaturas necessárias para ser instalada. O próximo passo é a escolha de representantes, que deve ser feita pelos líderes partidários. Mas as lideranças não indicaram os nomes para compor a comissão, o que tem atrasado o início do colegiado.
Com quase 10% da população realocada, o prefeito de Maceió disse que a administração dele busca medidas reparatórias e foca na manutenção da infraestrutura e logística da cidade. O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas multou a empresa em mais de R$ 72 milhões por causa do risco de desabamento da mina 18, no bairro do Mutange, em Maceió.