Neste domingo, a centrista María Corina Machado do movimento Vente Venezuela venceu nas eleições primárias da oposição venezuelana alinhada com os partidos tradicionais. Com 93.13 %, Machado se sobrepôs aos candidatos de partidos tradicionais e alguns independentes favoráveis à chamada Plataforma Unitária Democrática (PUD), ex-Mesa de la Unidad Democrática (MUD).
Essa eleição primária teve lugar para decidir quem será o candidato que irá encarar o Nicolás Maduro nas vindouras eleições de 2024, após uma década no poder entre eleições questionadas, um isolamento diplomático e financeiro que, contrário a muitas previsões, o líder do PSUV conseguiu superar.
No seu discurso de vitória, María Machado disse que ela iria derrotar o Maduro: “em 2024 vamos vencer nessa eleição presidencial, vamos cobrar e vamos sair do Nicolás Maduro e seu regime, e vamos iniciar a reconstrução da nossa nação”.
Machado também prometeu uma coligação nacional, uma organização cidadã como jamais visto na história para lograr que todo voto valha. Para ela, Venezuela tem derrubado todas as barreiras, “isso tem sido uma avalancha cidadã que tem unido nosso país”. Além disso, Machado considera que o futuro que virá demanda um trabalho constante, “sem descanso”, para conseguir o que ela considera “os dias mais luminosos e gloriosos da nossa história, porque são os dias nos quais essa força seguirá crescendo até conseguir nosso propósito”.
Segundo números oficiais, 2.2 milhões de pessoas votaram nesta eleição primária, e do 26% dos votos apurados, 552.430 são votos para Machado.
Carlos Prosperi do partido Acción Democrática denunciou irregularidades no processo eleitoral interno da oposição: “não senti confiança no presidente da Comissão Nacional de Primárias”. O chefe partido dele, todavia, reconheceu a vitória de Machado.
O presidente Nicolás Maduro ainda não deu declarações sobre o resultado da eleição primária da Venezuela.