O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) decidiu renovar por apenas seis meses o contrato das câmeras corporais utilizadas pela Polícia Militar (PM) do estado de São Paulo. Herdando contratos firmados em 2020 durante a gestão João Doria (PSDB), o atual governo optou por estender a validade de 3.125 desses dispositivos, inicialmente programados para operar até dezembro de 2023, até 1º de junho de 2024, no valor estipulado em R$ 1,8 milhão por mês.
O programa, denominado “Olho Vivo,” iniciado experimentalmente em 2020, foi anteriormente apontado como um dos principais fatores na redução do número de mortes envolvendo criminosos e policiais em serviço. O governador Tarcísio justificou sua decisão, alegando que a tecnologia não traz efetividade à segurança da população, contrariando as falas do ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, que defende o uso desses dispositivos como um caminho sem volta para a atividade policial.
A controvérsia em torno do uso das câmeras corporais se intensifica ainda mais diante dos cortes orçamentários do programa em 2023, que totalizaram 37%. Diante desse cenário, é possível observar duas perspectivas, onde o governo paulista defende maior liberdade e confiança aos policiais, enquanto o governo Lula (PT) busca restringir e limitar a atuação dos responsáveis pela segurança pública.