A ministra Cármen Lúcia vai iniciar a segunda passagem dela no comando do Tribunal Superior Eleitoral a partir de junho. Ela assume o cargo em um momento crítico da relação entre a Corte e o Congresso. A magistrada irá suceder Alexandre de Moraes, que preside o TSE desde 2022. O tribunal tem presidência rotativa entre os membros do Supremo e a ministra deve ficar à frente dele até meados de 2026.
“Nós esperamos que ela seja isenta, que pratique a lei. Quem tiver a culpa, que pague sua culpa. Mas que não veja a sociedade com olhar vesgo, zarolho, desequilibrado”, disse Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado.
Com a saída de Moraes, o ministro André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro, se tornará titular do TSE. A terceira vaga destinada aos integrantes do STF é justamente a de Nunes Marques, igualmente indicado pelo ex-presidente.
Vale lembrar que, embora os atritos recentes ocorram diretamente com o Supremo, é o Tribunal Superior Eleitoral quem toma as decisões que influenciam diretamente nos mandatos políticos – como o julgamento de ações que podem levar à perda dos cargos e a convocação de novas eleições.