A esperada entrevista do jornalista conservador Tucker Carlson ao presidente russo Vladimir Putin trouxe muitas informações relevantes para o mundo, especialmente para a audiência ocidental. Nesta ocasião, podemos destacar cinco pontos essenciais da entrevista do líder russo.
“Ucrânia iniciou a guerra”
Putin afirmou que quem iniciou a guerra foi Kiev, após a Ucrânia violar os acordos estabelecidos em Minsk para pacificar o conflito na região de Donbass (omitindo o apoio militar e financeiro dado pela Rússia aos rebeldes). Para o presidente, os políticos em Kiev não deram os benefícios sociais à população e não a convenceram de voltar para Ucrânia, além de tentar acalmar o conflito na força bruta. A chamada “operação militar especial” da Rússia, nos olhos do Putin, é um produto das provocações ucranianas.
Rússia não quer invadir a OTAN
A Rússia só se envolveria em um conflito militar com uma nação da OTAN como a Polônia ou a Letônia se fosse atacada, disse Putin. “As especulações de que a Rússia usaria armas nucleares são apenas histórias […] a fim de extorquir dinheiro adicional dos contribuintes dos EUA e dos contribuintes europeus”, afirmou ele.
“Parem de mandar armas à Ucrânia se querem acabar com o conflito”
Se os EUA quiserem parar o conflito na Ucrânia, devem parar de enviar armas para Kiev, disse Putin, acrescentando que, se isso acontecesse, as hostilidades terminariam em semanas.
Sobre o expansionismo da OTAN
Para Putin, a OTAN violou seu compromisso de não expandir sua aliança para o leste. “O tem feito em cinco ondas”. Bill Clinton, lembrou o presidente, ter recusado a entrada da Rússia à OTAN impediu de se criar um relacionamento positivo entre Moscou e a aliança militar.
Os EUA sempre apoiaram os que antagonizam à Rússia
“O Ocidente liderado pelos EUA apoia e sempre apoiará aqueles que antagonizam a Rússia”, disse o líder do Kremlin. Foi “benéfico e seguro” para Zelensky [hostilizar com a Rússia], mas obviamente traiu as promessas que ele fez aos eleitores, disse Putin, omitindo suas constantes operações de espionagem deflagradas no ocidente, e deixando entender que a Rússia está confortável mantendo tensões com os EUA.