O Governo da China determinou que as empresas do país não recebam entregas de jatos da Boeing em resposta ao ‘tarifaço’ de 145% imposto pelos Estados Unidos à segunda maior economia do mundo. Nessa esteira, Pequim decidiu também que as transportadoras chinesas suspendam as compras de equipamentos e peças de aeronaves de empresas norte-americanas.
O impacto no setor será grande porque as principais companhias aéreas chinesas, Air China, China Eastern Airlines e China Southern Airlines, planejavam receber juntas 179 aviões até 2027. Com as novas tarifas, os custos das aeronaves aos chineses teriam um aumento considerado significativo e outras soluções já estão em pleno estudo.
A decisão do gigante asiático sobre a Boeing segue como contragolpe de taxas que somam 125% aos EUA. Somente no ano passado, antes de toda essa guerra comercial, o comércio entre os dois países somou mais de US$ 650 bilhões.
Sinalizações de uma trégua entre a China e o presidente Donald Trump já começam a ganhar força. Mas o que se vê, na prática, é um ‘toma lá, dá cá’ ainda distante de bandeira branca.
