A Comissão de Constituição e Justiça do Senado adiou a votação da proposta que transforma o Banco Central em uma empresa pública. A proposta será debatida após o recesso parlamentar, em agosto. O BC é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda. A proposta, além de retirar a vinculação do banco a qualquer ministério, concede autonomia de gestão administrativa, contábil, orçamentária, financeira, operacional e patrimonial.
Pouco antes da sessão desta quarta-feira (17), o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), se reuniu com o relator da PEC, Plínio Valério (PSDB-AM), e o autor, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO). O relator reclamou de não ter sido procurado pelo Governo antes e disse que Wagner apresentou uma série de modificações. Valério também afirmou que não tinha dúvidas de que o debate deveria ser adiado.
A análise da proposta ocorre em meio a críticas de Lula à atuação do presidente da instituição.
“Reconhecer o papel relevante que o Roberto Campos tem à frente do Banco Central, se destacando em um ambiente que qualquer presidente de Banco Central, em qualquer governo, é criticado muitas vezes pelo próprio governo”, disse o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).