O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, fez declarações na segunda-feira (15) sobre as mudanças na meta fiscal anunciadas pelo governo Lula (PT) para 2025. Em um evento promovido pelo Council on Foreign Relations, Campos Neto afirmou que alterações na meta podem dificultar o trabalho da autoridade monetária, tornando a âncora fiscal menos transparente e crível.
Durante a palestra, Campos Neto destacou que o mercado tem uma visão mais pessimista sobre o resultado fiscal do que o governo. Ele enfatizou a importância de não alterar as metas fiscais, afirmando que “o ideal é não mudar as metas”. Ele ressaltou que a coordenação entre política fiscal e política monetária é fundamental para garantir um ambiente econômico estável e previsível.
O presidente do BC também expressou preocupação em relação a propostas que possam comprometer a confiança no sistema financeiro internacional, como o uso de renda de ativos russos congelados para financiar a reconstrução da Ucrânia, citando riscos morais e de quebra de confiança no sistema.
Além disso, o presidente do Banco Central alertou para o risco global associado a mudanças na política fiscal, destacando que a coordenação entre política fiscal e monetária está se tornando menos alinhada, e enfatizou a importância da transparência e da comunicação eficaz em relação às mesmas, destacando que qualquer desvio deve ser cuidadosamente comunicado para evitar impactos negativos no mercado financeiro e na confiança dos investidores.