Em meio a bate-boca e protestos, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara adiou, pela terceira vez, a votação do Projeto de Lei que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O deputado André Fernandes (PL-CE) pediu ao presidente Fernando Rodolfo (PL/PE) a retirada dos ativistas presentes no local com auxílio dos seguranças.
Com a Bíblia aberta, o deputado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) disse que o casamento homoafetivo não é algo do Brasil, mas da Grécia: “A gente sabe que Deus criou homem e mulher e abençoou. Todavia, o que estamos vendo no Brasil e com direitos constitucionais, do convívio de homem com homem e mulher com mulher, vem de Roma.”
A sessão foi iniciada com mais de duas horas de atraso devido à demora do presidente e outros membros. Enquanto aguardavam, pessoas presentes na sala pediram o cancelamento. Já os parlamentares governistas pediram vista para maior ampliação do debate.
Depois de muito vai e vem, os membros da Comissão chegaram ao acordo para realizar uma audiência pública na próxima terça-feira, 26, antes da apreciação do projeto. A votação deverá ser feita sem obstruções um dia depois, na quarta, 27.
O casamento entre pessoas do mesmo sexo no Brasil é permitido desde 2011 por um entendimento do Supremo Tribunal Federal.