Iniciando o terceiro ano de governo de Lula (PT), a Caixa Econômica Federal decidiu elevar as taxas de juros para financiamentos imobiliários. O aumento, que varia de 1 a 2 pontos percentuais, afeta novos contratos e já está em vigor desde 2 de janeiro. Linhas corrigidas pela Taxa Referencial (TR) agora têm juros entre TR mais 10,99% e 12% ao ano, enquanto as vinculadas à poupança registram taxas entre 4,12% e 5,06% ao ano, encarecendo o custo da habitação, principalmente para famílias de baixa renda.
A medida impacta diretamente a classe média, principal usuária das linhas de crédito do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Uma simulação realizada mostra que os financiamentos podem acumular aumentos de centenas de milhares de reais no custo final, dependendo do prazo e do sistema de amortização escolhidos. A decisão acompanha um cenário de alta na Taxa Selic e redução dos recursos disponíveis na caderneta de poupança.
Além da elevação de juros, a Caixa havia alterado, em novembro, o valor da entrada mínima para financiamentos, de 20% para 30%. Essas mudanças refletem as dificuldades do mercado imobiliário diante do aperto fiscal e da maior demanda por crédito estatal, em um cenário de crise econômica provocada pela administração Lula (PT). Em nota, a Caixa justificou os reajustes com base em “fatores mercadológicos e conjunturais, dentro das regras prudenciais de definição das condições do crédito.”