Certamente não é essa a imagem que queremos para nós, mas se depender de Lula, o processo está a passos largos. Nesta semana, ele revelou suas verdadeiras intenções: aliar-se aos inimigos de Israel, do Ocidente, do estado de direito, da decência e da civilização. O discurso, que comparou as ações de legítima defesa de Israel ao Holocausto, não foi feito ao acaso, mas é parte de uma construção política perigosa para o Brasil e que só vai parar com impeachment.
Cito apenas seis atitudes desse desgoverno que demonstram uma cisão diplomática e que trarão consequências prejudiciais ao Brasil no campo econômico, comercial e tecnológico:
1. Financiou e vai continuar financiando a UNRWA, agência da ONU que tem membros ativos do Hamas, inclusive presentes ao massacre de 7 de outubro;
2. Assinou com a África do Sul carta que condena Israel por se defender;
3. Entrou no tribunal de Haia contra Israel por grenocídio;
4. Proferiu discurso anti-semita alinhado com Hamas;
5. Convocou o embaixador em Israel de volta ao Brasil;
6. Não deu suporte aos brasileiros violentados, sequestrados e mortos e no 7 de outubro nem a suas famílias.
Sem se importar com as consequências, Lula fez uma declaração de guerra velada que ameaça nossa soberania territorial, reduz investimentos estrangeiros e ainda arrisca o país a sanções internacionais. Países árabes que fazem fronteira com Israel, mesmo em zona de conflito, bombardeados e infiltrados por terroristas, como Síria, Líbano e Egito jamais compararam os judeus a seus algozes, uma fala vil e mentirosa. O único estado que se posiciona contra Israel de forma institucional é o Irã, abertamente. Ademais, a fala de Lula é agravada por ser um plágio do discurso dos líderes do Hamas, o que demonstra, além de falta de criatividade, total alinhamento com o grupo terrorista.
Sim, a fala foi consciente e provavelmente o detentor do executivo no Brasil, cansado de bancar o democrata, resolveu assumir sua verdadeira vocação e mostrar sua face, um ditador ao estilo dos amigos Irã, China, Rússia e todos os países vizinhos que adotaram o comunismo, quebraram a economia e submeteram seus cidadãos a fome, prisão e morte. Realmente, não adianta Lula pedir desculpas, o estrago vai demorar gerações para ser consertado.
O maior prejuízo, entretanto, ficará gravado na memória do país, pois Lula com sua fala pessoal e institucional traiu a História do país que representa. Foi o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha, em 1947, quem presidiu a sessão da Assembleia Geral da ONU, após a Segunda Guerra Mundial e criou o Estado de Israel. Não somos meros signatários, mas articuladores de uma proposta justa, aprovada mundialmente, demonizada por um ocupante do poder que não representa a população. Fica a certeza de que a presença brasileira na mediação de conflitos, tal como foi com Oswaldo Aranha e dom Pedro II, é um prestígio o qual este governo nunca irá desfrutar.