O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi submetido neste domingo (13) a uma cirurgia de laparotomia exploradora no Hospital DF Star, em Brasília. A decisão pela intervenção foi motivada pela persistência de uma suboclusão intestinal, identificada por meio de exames laboratoriais e de imagem. Esta é a sexta cirurgia diretamente relacionada à facada sofrida em 2018, quando Bolsonaro ainda era candidato à Presidência da República e foi esfaqueado por um criminoso que tinha sido filiado ao PSOL.
A operação foi necessária devido a complicações provocadas por aderências internas, conforme relatado por médicos especialistas. O gastroenterologista Bernardo Martins, do Hospital Santa Lúcia Norte, explicou que o objetivo da laparotomia é investigar e tratar anomalias abdominais difíceis de identificar apenas com exames. “Às vezes não fica claro o que vai ser encontrado no abdômen do paciente”, afirmou o médico, destacando a gravidade do quadro por conta do histórico de múltiplas cirurgias que agravam inflamações e favorecem novas obstruções.
Bolsonaro começou a sentir fortes dores abdominais durante agenda no interior do Rio Grande do Norte e foi transferido de helicóptero até a capital potiguar antes de seguir para Brasília. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro informou que o procedimento é complexo devido às “muitas aderências” no aparelho digestivo do ex-presidente. Desde o atentado em Juiz de Fora (MG), em 2018, Bolsonaro já passou por dez cirurgias, sendo seis relacionadas diretamente ao ferimento. Apoiadores se concentraram na porta do hospital em vigília pela recuperação do ex-presidente.
