O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não se calou diante da decisão tomada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, que negou um recurso para torná-lo apto novamente em disputas eleitorais: “Perseguição sem fim. Mantida inelegibilidade e Multa de R$ 425 mil a Jair Bolsonaro”, afirmou o líder político na rede X.
O TSE condenou o ex-presidente por abuso de poder político e mau uso dos meios de comunicação em junho de 2023 – o que o tornou inelegível até 2030. A decisão também vale para o ex-ministro Walter Braga Netto. Ambos formaram uma chapa para concorrer ao Palácio do Planalto nas eleições de 2022. Em outubro do ano passado, a Corte Eleitoral condenou os dois por abuso de poder político e econômico nas comemorações de 7 de setembro de 2022 em Brasília e no Rio de Janeiro.
No recurso apresentado, a defesa de Bolsonaro e Braga Netto afirma que não houve irregularidades.
“Ao contrário do que defende o acórdão recorrido, ao sustentar a ilegalidade de que o primeiro Recorrente tenha convocado os cidadãos para as festividades do 7 de setembro, o que se tem nos autos é, muito diferente disso, a evidência de um Presidente da República que valoriza os atos simbólicos, notadamente aqueles cívico-militares, cuja simpatia jamais negou, sem que isso corresponda a qualquer mácula digna de lhe ceifar a capacidade eleitoral passiva”, contrapõe os advogados.