A Polícia Federal intensificou investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apontando supostas irregularidades financeiras e descumprimento de medidas judiciais. Em paralelo ao escândalo bilionário envolvendo desvios no INSS, que será alvo de uma CPMI no Congresso, Bolsonaro é acusado de compartilhar 300 vídeos por WhatsApp, mesmo após proibição do STF. Parte dos conteúdos tratava da aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, em meio a denúncias de violações aos direitos humanos por parlamentares conservadores.
O relatório da PF também identificou movimentações de R$ 30 milhões nas contas de Bolsonaro entre março de 2023 e fevereiro de 2024, apontados pela corporação como indícios de lavagem de dinheiro. Mais de 60% dos valores recebidos vieram por Pix, com destaque para transferências do PL e repasses à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A investigação aponta que parte das operações teria como objetivo “escamotear” recursos e evitar bloqueios judiciais, além de envolver transações em dinheiro vivo e operações de câmbio, mesmo com restrições de viagem impostas ao ex-presidente.
Enquanto isso, o Congresso Nacional se prepara para retomar o caso do INSS, que envolve o desvio de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Segundo a PF, o esquema se expandiu sob o Governo Lula (PT), com apoio de sindicatos e servidores públicos. A CPMI pretende convocar envolvidos e quebrar sigilos para identificar políticos que teriam sustentado a rede criminosa. O relator será o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), e as sessões devem ser transmitidas ao vivo, com expectativa de maior transparência diante da indignação nacional.
