O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compareceu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (25), pouco antes do início do julgamento da denúncia sobre um suposto plano de golpe. A sessão da 1ª Turma do STF avaliará se há elementos suficientes para tornar Bolsonaro e outros sete acusados réus. A Procuradoria-Geral da República (PGR) sustenta que o grupo teria tentado impedir a posse de Lula (PT) em 2022.
O julgamento ocorre após mudanças no regimento do STF, que transferiram esse tipo de processo do plenário para as turmas, reduzindo o número de ministros envolvidos na análise. A defesa de Bolsonaro questiona essa alteração e argumenta que a Corte não tem competência para julgar o caso, além de apontar supostas irregularidades na delação de Mauro Cid. A PGR rejeitou essas contestações e defende a continuidade da ação penal.
O relator Alexandre de Moraes abriu a sessão com a leitura do relatório, seguida pela sustentação do procurador-geral da República, Paulo Gonet. As defesas tem 15 minutos cada para apresentar seus argumentos. Bolsonaro, que acompanha o julgamento com aliados, considera o caso como viciado e movido pela perseguição política do PT e aliados. A decisão do STF poderá impactar diretamente os desdobramentos das investigações envolvendo o ex-presidente e seu círculo mais próximo.
