O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou calado em depoimento à Polícia Federal, em Brasília. Por escrito, a defesa dele apresentou os argumentos técnicos que justificariam não haver necessidade de o ex-presidente depor. Os advogados pediram, ainda, que a ação seja arquivada. A PF intimou Bolsonaro a depor no inquérito sobre empresários que teriam tramado um golpe de Estado em um aplicativo de mensagens.
A corporação achou no celular do empresário Meyer Nigri, fundador da Tecnisa, uma mensagem que seria do ex-presidente, na qual ele incentiva a disseminação de fake news sobre o processo eleitoral. A apuração começou em agosto do ano passado, depois da divulgação de prints de conversas. Na saída, Jair Bolsonaro e o advogado e assessor Fábio Wajngarten afirmaram que as mensagens são de ‘cunho privado’ e que as eleições de 2022 são ‘página virada’.
“Minha vinda aqui é por causa do inquérito dos empresários. Fui incluído depois de muitos meses. Por que esse assunto? Por causa das mensagens que passei. A opção dos advogados era de entregar as razões de defesa por escrito e continuar batendo na tecla da competência”, argumentou o ex-presidente.