O Banco Central (BC) sob o comando de Roberto Campos Neto realizou um leilão adicional de swap cambial nesta terça-feira (2), marcando a primeira intervenção da autoridade monetária desde o início do terceiro mandato de Lula (PT). Essa ação se torna necessária após o dólar fechar acima de R$ 5 na sessão de segunda-feira (1º), alcançando o maior patamar desde outubro e gerando preocupações no mercado.
A operação de swap cambial é uma estratégia adotada pelo BC para controlar a volatilidade do mercado cambial. Por meio dessa operação, o BC vende contratos de swap, que representam uma troca de fluxos financeiros em moedas diferentes (real e dólar). Essa medida visa assegurar a estabilidade e o funcionamento regular do mercado de câmbio, protegendo a economia brasileira contra oscilações bruscas no valor do real em relação ao dólar.
A intervenção do BC por meio do leilão de swap cambial ocorre em um momento em que o mercado financeiro está atento aos movimentos do Federal Reserve (Fed), que funciona como o banco central dos Estados Unidos. Novos dados indicam uma possível resiliência da economia americana, o que enfraquece as expectativas de cortes nas taxas de juros. A demanda por instrumentos cambiais aumentou após o resgate de títulos do tipo NTN-A3, justificando a ação do BC para conter a valorização excessiva do dólar em relação ao real e manter a estabilidade do mercado cambial brasileiro.