O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta quinta-feira (22) que o BC está preparado para aumentar a taxa de juros, caso seja necessário (para controlar a inflação). Durante sua participação no 32º Congresso e ExpoFenabrave, Galípolo rejeitou a ideia de que o BC esteja “encurralado” em suas decisões, reafirmando que a verdadeira dificuldade enfrentada pela autoridade monetária é manter a inflação dentro da meta, e não a possibilidade de subir os juros.
Galípolo também frisou que suas declarações recentes não implicam em qualquer orientação pré-definida para as futuras decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), enfatizando que o BC continuará dependendo dos dados econômicos para definir seus próximos passos. “A posição difícil para o BC não é subir juros, mas sim enfrentar uma inflação fora da meta”, declarou, deixando claro que a instituição está atenta aos riscos inflacionários e pronta para agir de maneira conservadora.
O diretor, que é cotado pelo governo Lula (PT) para suceder Roberto Campos Neto na presidência do BC, reforçou que a postura da instituição é zelar pela estabilidade econômica, mesmo que isso signifique tomar medidas impopulares. Galípolo destacou que o BC não hesitará em ajustar a política monetária, caso o cenário econômico exija, sempre com o objetivo de garantir o equilíbrio entre demanda e oferta. Segundo ele, “não há qualquer tipo de orientação nas minhas falas”, reafirmando a independência da instituição.