A crescente inviabilidade de Rodrigo Pacheco (PSD) na disputa pelo governo de Minas Gerais intensifica a corrida pela vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), que será aberta com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso nesta quinta-feira (9). Diante desse cenário, a indicação ao STF desponta como a alternativa mais estratégica para o senador. A nova pesquisa de intenção de voto no estado revela que Pacheco possui apenas 13% das preferências, atrás de Cleitinho (Republicanos), líder com 31%, e de Alexandre Kalil, com 18%. O desempenho eleitoral modesto em sua terra natal pode ter contribuído para o fortalecimento de seu nome entre ministros do STF e lideranças do Senado como possível indicado à Corte.
Nos bastidores, essa movimentação ocorre em paralelo à articulação do Governo Federal, que busca emplacar um nome mais alinhado à sua base política. Lula e a cúpula do PT defendem a indicação de Bruno Dantas, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Essa pressão é respaldada por figuras influentes como Rui Falcão (PT-SP) e Jaques Wagner (PT-BA). Ainda assim, o apoio a Pacheco por parte de ministros do STF e senadores experientes sinaliza uma preferência da Corte e do Legislativo por um perfil com maior trânsito político e postura aparentemente moderada.
Os dados da pesquisa em Minas Gerais mostram que, mesmo diante de um candidato “sem partido” (Alexandre Kalil) e de um parlamentar de centro-direita (Cleitinho), Pacheco não consegue reunir apoio suficiente para viabilizar sua candidatura ao governo estadual. Com isso, suas reduzidas chances eleitorais tornam ainda mais atraente a possibilidade de ocupar uma cadeira vitalícia no STF.