Os argumentos finais no julgamento de registros empresariais contra o ex-presidente Donald Trump em Manhattan começam nesta terça-feira (28), com a defesa apresentando seu caso primeiro, seguida pela equipe do promotor distrital de Nova York, Alvin Bragg.
Os argumentos finais poderão se estender até quarta-feira (29). Trump expressou seu descontentamento no ‘Truth Social’ na noite de segunda-feira, criticando o fato de que o governo tem a última palavra nos argumentos:
“POR QUE O GOVERNO CORRUPTO PODE FAZER O ARGUMENTO FINAL NO CASO CONTRA MIM? POR QUE A DEFESA NÃO PODE IR POR ÚLTIMO? GRANDE VANTAGEM, MUITO INJUSTO. CAÇA ÀS BRUXAS! DJT”.
Em postagens subsequentes, Trump destacou vários aspectos do julgamento que, segundo analistas jurídicos, são injustos. Ele mencionou que o juiz Juan Merchan bloqueou a tentativa de sua equipe de defesa de convocar Mark Pomerantz como testemunha. Pomerantz foi um ex-promotor no escritório de Bragg. Trump também apontou que Merchan restringiu tanto o que outra testemunha, o ex-comissário de Eleições Federais Brad Smith, poderia dizer sobre a lei de financiamento de campanhas que a defesa decidiu não usá-lo. Além disso, criticou o tratamento recebido por Bob Costello, outra testemunha da defesa, cujo testemunho foi ameaçado de ser retirado dos registros.
Na semana passada, o acadêmico jurídico de Harvard, Alan Dershowitz, compareceu ao tribunal e posteriormente escreveu: “O juiz no julgamento de Donald Trump foi um tirano absoluto, embora diante do júri parecesse um déspota benevolente. Parecia estar automaticamente decidindo contra o réu a cada momento”.