A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, anunciou na terça-feira (28) a inclusão do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV) no Registro de Pessoas e Entidades Vinculadas a Atos de Terrorismo (Repet). A decisão marca uma postura firme do governo argentino diante do avanço do narcotráfico regional e contrasta com a linha adotada pelo governo Lula, que evita reconhecer oficialmente o caráter mafioso dessas facções. Bullrich ressaltou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) havia promovido avanços no controle penitenciário, fortalecendo a atuação estatal contra o crime organizado.
Segundo a ministra, as duas facções foram enquadradas como “narcoterroristas” e seus integrantes presos na Argentina são mantidos sob vigilância rigorosa. Há atualmente 39 brasileiros detidos no país, sendo cinco ligados ao Comando Vermelho e cerca de oito ao PCC. Os criminosos são identificados por tatuagens e rituais de iniciação, e mantidos em isolamento para impedir articulações internas. A inclusão no Repet foi oficializada há cerca de um mês, mas ainda não consta na versão online do registro devido a mudanças administrativas no ministério das Relações Exteriores.
O ministro da Defesa argentino, Luis Petri, defendeu o uso das Forças Armadas na proteção das fronteiras, inclusive na divisa com o Brasil, como forma de impedir a entrada de criminosos. O governo argentino já deslocou militares para as fronteiras com Bolívia e Paraguai e prevê reforço na fronteira brasileira. A estratégia adotada pela Argentina evidencia uma política de segurança mais assertiva, em contraste com a omissão do governo Lula, que segue sem reconhecer o poder paralelo exercido por essas facções, mesmo após operações policiais que expõem sua estrutura e alcance transnacional.





 
		 
		
 
		 
		 
		


