A nova regra fiscal é pauta prioritária do Planalto. Mas colocá-la em votação parece mais difícil do que se previa. Diante de tantas idas e vindas, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), cravou o que pode ser a data em questão: dia 22 deste mês. Porém, sempre tem um ‘mas’ quando se trata da política nacional.
Segundo o próprio Lira, ainda não há consenso entre os líderes sobre alterar o prazo do cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Na tentativa de resolver de uma vez por todas esse impasse, uma reunião será marcada com os líderes da Câmara e representantes técnicos do governo. O texto já foi aprovado pelos deputados, mas passou por alterações no Senado e voltou para análise da Casa.
Havia um expectativa de avanço na segunda-feira (14), mas não aconteceu por conta de algumas palavras duras ditas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao afirmar que o parlamento está com ‘um poder muito grande’ e não pode usá-lo para ‘humilhar’ o Senado nem o Executivo. A fala gerou tamanho mal-estar que Haddad, rapidamente, teve que se retratar.
Hoje, o presidente da Câmara chamou de ‘atropelo’ as declarações do petista e garantiu que a votação para o novo arcabouço fiscal, que vai substituir o teto de gastos, está dentro do prazo.