Lula finalmente retornou a Brasília após passar 9 dias na Restinga da Marambaia, área privativa de praia controlada pelas Forças Armadas no litoral sul do Rio de Janeiro. Mas o petista, que havia adiado o retorno ao trabalho, seguiu sem agendas públicas marcadas (nesta última quinta-feira, 4). Mas é preciso ‘colocar as mãos na massa’, uma vez que o presidente terá uma série de questões para resolver, como por exemplo a escolha de um novo ministro da Justiça – Flávio Dino ocupará, a partir de 22 de fevereiro, uma das 11 cadeiras do Supremo Tribunal Federal.
Lula tem pela frente uma situação delicada e criada por ele mesmo. Nesse momento, há um desgaste tremendo tanto com Câmara quanto com o Senado causado pela Medida Provisória que retoma gradualmente a tributação da folha de pagamento dos 17 setores da economia que mais empregam no país. A reoneração é mais uma das medidas formuladas para aumentar a arrecadação em busca do déficit zero neste ano.
Mesmo em recesso, o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, disse que vai analisar o teor dessa alternativa com os líderes, o que deve ocorrer nos próximos dias. A reação negativa se deve, principalmente, ao fato de o parlamento ter editado um Projeto de Lei que manteve o benefício até 2027, além da derrubada com apoio de ampla maioria ao veto presidencial.
Portanto, já há muito o que se fazer nesta primeira semana do ano.