O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, solicitou ao Congresso que aprove uma lei determinando a pena de morte obrigatória para quem matar um policial. Durante um discurso em sessão conjunta da Câmara e do Senado nesta terça-feira (4), Trump destacou que já assinou um decreto com essa diretriz e que agora busca tornar a medida permanente. “Os policiais não querem ser mortos. Não vamos permitir que eles sejam mortos”, afirmou o republicano, enfatizando sua posição contra a criminalidade e a impunidade.
O decreto presidencial, assinado em janeiro, instrui o Departamento de Justiça a buscar a pena máxima sempre que possível para casos de homicídio contra agentes da lei. A medida também inclui a aplicação da pena de morte para crimes capitais cometidos por estrangeiros em situação irregular no país. A iniciativa foi bem recebida por familiares de policiais assassinados, como Stephanie Diller, viúva de um oficial morto em Long Island, que estava presente no Congresso e foi mencionada por Trump como exemplo da necessidade de endurecer as penas.
O discurso gerou tensão com os democratas, que vaiaram e interromperam o presidente diversas vezes. O presidente da Câmara, Mike Johnson (Partido Republicano), precisou intervir para restaurar a ordem e chegou a ameaçar acionar a segurança. O deputado Al Green (Partido Democrata) foi expulso após protestar contra Trump. Enquanto os EUA avançam com medidas para endurecer punições contra criminosos, o Brasil segue enfrentando desafios no combate à violência contra policiais, com um aumento de 4,4% no número de agentes assassinados em 2022, segundo dados do Instituto Monte Castelo, especialmente em estados onde o discurso do “coitadismo” dos bandidos é mais forte e a impunidade prevalece.