Durante a missa inaugural do pontificado de Leão XIV, neste domingo (18), no Vaticano, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) entregou pessoalmente uma carta de Lula (PT) convidando o novo papa a visitar o Brasil por ocasião da COP30, prevista para novembro, em Belém (PA). Representando o Governo Federal, Alckmin teve um breve encontro com o pontífice, no qual expressou a expectativa de que ele esteja presente no evento climático. O Vaticano ainda não confirmou se o convite será aceito.
Em declarações posteriores à imprensa, Alckmin afirmou que o novo papa “traz uma palavra de paz, do meio ambiente e da justiça social”. Nas redes sociais, o vice acrescentou: “levo o convite do nosso presidente para que Sua Santidade esteja presente na COP30, uma vez que a preocupação ambiental é uma das prioridades do pontificado”. O vice também mencionou encontros com líderes internacionais como Santiago Peña (Paraguai), Marcelo Rebelo de Sousa (Portugal) e Volodymyr Zelensky (Ucrânia), durante a cerimônia no Vaticano, que contou com a presença de cerca de 250 mil pessoas.
Apesar do simbolismo da missão diplomática, a realização da COP30 no Brasil tem sido marcada por polêmicas. O Governo Federal firmou, sem licitação, um contrato de R$ 478,3 milhões com a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) para a organização do evento. A escolha da entidade, que mantém laços com integrantes do governo Lula, gerou questionamentos sobre a transparência do processo, já que outras agências internacionais reconhecidas, como PNUD e UNESCO, foram preteridas. O contrato é válido até 2026 e inclui uma ampla gama de responsabilidades operacionais e administrativas.
