O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta segunda-feira (10) que a redução dos preços dos alimentos dependerá da colaboração dos governadores na diminuição do ICMS sobre itens essenciais. Em entrevista à rádio CBN, Alckmin reconheceu que a queda nos preços será gradual e não ocorrerá de forma imediata. “Isso não é em 24 horas”, destacou o vice-presidente, sugerindo que os estados adotem medidas para aliviar o custo dos produtos para os consumidores.
A declaração de Alckmin ocorre após Lula (PT) ter mencionado, na sexta-feira (7), a possibilidade de “medidas drásticas” para conter a alta no preço da comida. Entre as ações adotadas pelo Governo Federal, está a isenção do imposto de importação sobre uma lista de produtos, como carnes e grãos, medida que visa aumentar a oferta e reduzir a pressão inflacionária. Ainda assim, o vice-presidente ressaltou que fatores como o câmbio e a produção agrícola também influenciam os preços e que a solução para o problema exige tempo.
Além do pedido aos estados, Alckmin argumentou que a tendência é de queda nos preços devido à valorização do real e a uma safra recorde esperada para este ano. Ele enfatizou que os estados não são obrigados a zerar o ICMS, mas que poderiam reduzir a alíquota sobre alguns produtos da cesta básica para aliviar a inflação. “Eu não posso reduzir todos os ICMS, mas eu posso de algum produto, o que puder fazer, ajuda”, afirmou o vice-presidente.