Em uma recente declaração, Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, manifestou suas reservas em relação à corrida eleitoral em São Paulo, destacando suas divergências com Guilherme Boulos (PSOL). Alckmin, que apoia Tabata Amaral (PSB), questionou a afirmação de que Boulos já estaria garantido no segundo turno, afirmando: “Eu não diria que Boulos já está garantido, mas é o favorito“, ressaltando sua posição.
O vice-presidente também criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), caracterizando-o como “um desocupado” e associando sua postura a uma suposta tese quase não civilizatória. Alckmin enfatizou que a atuação de Bolsonaro é panfletária e descompromissada, afirmando que: “Não é que ele atrapalha o governo, é uma coisa meio panfletária, descompromissada com as coisas (…) Quem não é democrata não deve participar da eleição”.
Ao abordar a disputa pela prefeitura paulistana, Alckmin reiterou a natureza local do processo eleitoral, divergindo da visão nacionalizada proposta por Lula (PT). Enquanto Lula busca uma aliança com o PSOL, incluindo Marta Suplicy (PT) como vice, Alckmin salienta a importância das eleições municipais e questiona a relevância de apoios políticos nacionais. As declarações recentes de Lula, que afirmou que a eleição em São Paulo seria entre ele e Bolsonaro, buscam desafiar o ex-presidente, que desfruta de amplo apoio após sua saída do Planalto e o retorno de Lula.