Em um discurso televisionado, Ismail Haniyeh, chefe do bureau político do Hamas, anunciou que o grupo terrorista está aberto a negociações com Israel para encerrar o conflito em curso. Haniyeh expressou a disposição do Hamas em se envolver em diálogo, com a esperança de que as discussões possam contribuir para unificar os territórios palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
Ao expressar abertura a qualquer acordo que possa encerrar a agressão, Haniyeh enfatizou que um acordo final deve abrir caminho para o estabelecimento de um estado palestino independente, com Jerusalém como sua capital.
Ele alertou contra qualquer tentativa de excluir o Hamas e outros grupos armados do acordo pós-guerra, afirmando que o envolvimento das “facções de resistência” (ou seja, facções que executam, de fato, ações terroristas) é essencial no processo.
Essas declarações seguiram a rejeição pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, da ideia de um Estado palestino, afirmando que Israel não repetiria os erros dos Acordos de Oslo de 1993.
Netanyahu declarou o compromisso de Israel em continuar sua operação militar em Gaza até que o Hamas seja “aniquilado”, apesar da pressão internacional. Uma recente resolução da Assembleia Geral da ONU pediu um cessar-fogo imediato, a libertação incondicional de reféns em troca de um subministro de ajuda humanitária.
Embora os Estados Unidos apoiem breves combates, eles se opõem a uma trégua mais prolongada, argumentando que beneficiaria o Hamas.
O conflito começou com um ataque surpresa do Hamas em 7 de outubro, levando a operações militares israelenses e a uma invasão terrestre. O número de vítimas em ambos os lados tem sido significativo, com relatos de mortos e reféns, intensificando as tensões de longa data na região.