Em um emocionante início das eleições no Equador, a candidata Luisa González, respaldada pelo partido de Rafael Correa, emergiu como líder nas primeiras etapas da contagem de votos. Com 17,4% dos votos apurados, González ostentava sólidos 32,97% de apoio popular, colocando-a como a líder. A competição seguia de perto, com Daniel Noboa, representante do centro político do país, acumulando respeitáveis 24,42% no mesmo período.
González, advogada de profissão, foi designada como candidata depois que Jorge Glas recusou sua postulação. Surpreendentemente, em caso de vitória, afirmou que o ex-presidente Rafael Correa desempenhará um papel central em sua administração, atuando como seu “principal assessor”. Enquanto isso, Daniel Noboa, de 35 anos, filho do empresário e político Álvaro Noboa, busca estabelecer um “novo projeto” e evitar a coalizão contra o Correísmo.
À medida que o processo eleitoral avançou, Otto Sonnenholzner, reconheceu sua derrota e parabenizou os candidatos que avançam para o segundo turno.
Em um contexto de ataques cibernéticos à plataforma de voto telemático de sete países, a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Diana Atamaint, assegurou que a integridade dos votos confirmados não foi comprometida.
“A plataforma de votação telemática sofreu ataques cibernéticos que afetaram a fluidez para acessar a votação. Esclarecemos e enfatizamos que os votos confirmados não foram violados”, disse Atamaint, em rede nacional após o fechamento das urnas. De acordo com a autoridade eleitoral, os ataques cibernéticos foram lançados da Índia, Bangladesh, Paquistão, Rússia, Ucrânia, Indonésia e China.
Por sua vez, o ex-presidente Rafael Correa denunciou fraude eleitoral por sua conta no X, apesar de sua candidata estar liderando a contagem dos votos: “Diana Atamaint acaba de reconhecer ao país que a plataforma de votação telemática sofreu ‘ataques’ de sete países. Não cabia ao CNE estabelecer as garantias necessárias? Isso, além de roubar o direito de voto de nossos migrantes, é nos prejudicar: dezenas de milhares de irmãos ficaram sem votar na Europa, onde costumamos vencer de forma esmagadora. FRAUDE!”.
Agora Luisa e Noboa se enfrentarão no segundo turno equatoriano para decidir o novo líder do país até o ano de 2025. O mandato é tampão.