Os investidores da Petrobras (PETR3; PETR4) têm testemunhado um aumento de 25% no valor das ações ao longo deste ano. Entretanto, encontram-se agora diante de um cenário complexo, devido a uma sequência de rebaixamentos feitos por analistas. A apreensão gira em torno de diversos pontos, como os preços dos combustíveis que permanecem abaixo das referências de mercado e os gastos em ascensão, que têm gerado um clima de incerteza. Esse contexto ameaça comprometer a habitual distribuição lucrativa de dividendos, que já resultou em bilhões de dólares de retorno.
Surgem preocupações acerca da possibilidade da gigante do petróleo vir a destinar recursos novamente para auxiliar no controle da inflação do país. Essa representaria uma tarefa desafiadora, pois para alcançar a paridade de importação, a Petrobras teria que realizar um ajuste de 36,2% no preço do diesel e de 24% no preço da gasolina, de acordo com informações da StoneX, uma fornecedora de serviços financeiros.
Recentemente, empresas renomadas como Citigroup, HSBC Securities e JPMorgan rebaixaram suas recomendações de compra das ações da Petrobras. As alterações promovidas pela nova equipe de gestão, que assumiu o comando este ano, após a eleição do presidente Lula (PT), têm suscitado apreensões entre os analistas. Especificamente, chama a atenção para a nova política de precificação de combustíveis adotada pela estatal, em conjunto com o potencial risco de expansão dos planos de investimento, o que poderia elevar consideravelmente os níveis de endividamento da companhia.