O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou que deixará o cargo no início de 2026, “um pouco antes de março”, segundo declarou durante evento em São Paulo na sexta-feira (12). A decisão ocorre após o petista afirmar que a economia “deu certo” sob sua gestão, em referência às declarações de Lula no mesmo dia. Apesar da pressão interna do PT, Haddad resiste a concorrer ao governo paulista, descartando enfrentar Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo, que aparece com ampla vantagem na eleição estadual, segundo pesquisas.
Em entrevistas recentes, Haddad sinalizou que sua saída da pasta tem como objetivo reforçar a campanha de reeleição de Lula, seja coordenando estratégias ou participando da formulação do programa de governo. O ministro, no entanto, não demonstra disposição para disputar cargos majoritários em São Paulo, como deseja o partido. Caso decida concorrer, terá de se desincompatibilizar até abril de 2026. O nome mais cotado para assumir o comando da Fazenda é o atual secretário-executivo da pasta, Dario Durigan, que já atua próximo às diretrizes do governo Lula.
Durante o jantar anual do grupo Prerrogativas, Haddad foi homenageado ao lado de Geraldo Alckmin (PSB) e Simone Tebet (MDB), ambos também apontados como possíveis candidatos ao governo paulista ou ao Senado em 2026. No evento, Haddad reforçou que “os caras que apostaram contra o Brasil estavam errados” e destacou que o país “deu certo”. A fala foi alinhada ao discurso de Lula, que direcionou comentários ao governador Tarcísio de Freitas. Apesar das especulações, os três integrantes do Governo Federal evitaram confirmar quais cargos pretendem disputar, mas garantiram que estarão ao lado do líder da esquerda na próxima eleição.
