O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quinta-feira (13) que já entregou tudo o que foi solicitado por Lula desde a campanha eleitoral. A declaração, feita ao Broadcast/Estadão, deixou em aberto o fim da sua permanência no cargo em eventual novo mandato do petista. A fala ocorre em meio à condução de uma política econômica marcada por aumento de arrecadação e ausência de reformas estruturais, o que tem gerado críticas entre economistas e representantes do setor produtivo.
Desde o início do governo Lula, Haddad tem concentrado esforços em elevar a receita para alcançar o chamado “déficit zero”, sem frear o crescimento das despesas públicas. A estratégia inclui reoneração de combustíveis, tributação de apostas esportivas e revisão de benefícios fiscais, medidas que impactam diretamente o consumo e a competitividade. A dependência de ajustes pontuais e instabilidade nas regras tributárias tem gerado insegurança jurídica e afastado investimentos, segundo analistas do mercado.
A Reforma Tributária sobre o consumo, principal bandeira da gestão Haddad, também enfrenta críticas. A inclusão de regimes especiais e exceções elevou a alíquota padrão, projetada entre as mais altas do mundo. Além disso, o Governo Federal não avançou na reforma da tributação sobre renda e patrimônio, mantendo a estrutura regressiva do sistema. A promessa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais foi diluída, sem correção integral da tabela, frustrando expectativas de maior justiça fiscal.










