Durante participação na Festa do Peão de Barretos, no sábado (23), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), confirmou a existência de um pacto entre ele, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Romeu Zema (Novo-MG) para a disputa presidencial de 2026. Segundo Caiado, os três lançarão candidaturas próprias no primeiro turno, mas se comprometeram a apoiar o nome da centro-direita que avançar ao segundo turno. A estratégia visa consolidar uma alternativa ao atual Governo Federal, liderado por Lula (PT), e devolver o comando do país aos “brasileiros de bem”.
A aliança entre os governadores reforça o protagonismo dos líderes do Centro-Oeste e Sudeste na política nacional, especialmente diante da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) até 2030. Tarcísio, cotado como possível sucessor do líder da direita (caso Bolsonaro não consiga reverter sua situação jurídica) recebeu elogios de Caiado por sua gestão em São Paulo, considerada “referência” desde os tempos em que comandava o Ministério da Infraestrutura. Romeu Zema também manifestou apoio à união da direita, destacando que “quando chegar o segundo turno, todos estarão juntos”.
Durante o evento, Tarcísio reafirmou sua lealdade ao ex-presidente e classificou sua prisão domiciliar como uma “grande injustiça”, embora mantenha distância dos esforços realizados pela soltura do líder conservador, que permanece preso por decisão do STF. O governador paulista também defendeu o agronegócio, setor que tem sido alvo de críticas por parte de integrantes do Governo Lula (PT), afirmando que “quem não gosta do agronegócio não respeita o Brasil”. A ausência de Michelle Bolsonaro no palco foi notada, embora houvesse expectativa por sua presença. Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por sua vez, demonstrou preocupação com a ascensão de Tarcísio, revelando em mensagens à Polícia Federal que há uma “narrativa forte” sobre um suposto acordo para sua sucessão.







