O governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (19) que está preparado para usar “toda a força” contra o ditador Nicolás Maduro, na Venezuela. A declaração foi feita pela porta-voz Karoline Leavitt, que classificou Maduro como “fugitivo” e “chefe de um cartel narcoterrorista”. A movimentação ocorre em meio ao envio de três navios de guerra norte-americanos para o sul do Caribe, com o objetivo de combater organizações criminosas ligadas ao tráfico de drogas.
A operação militar inclui destróieres equipados com sistemas de mísseis guiados, além de submarinos e aviões de vigilância, totalizando mais de 4.000 militares posicionados na região. O governo Trump considera os cartéis venezuelanos como organizações terroristas globais e intensificou as ações para interceptar remessas de cocaína ligadas ao regime chavista. Maduro, por sua vez, respondeu com retórica agressiva, afirmando que “defenderá os mares, céus e terras” da Venezuela contra o que chamou de “ameaça absurda de um império em declínio”.
Além da mobilização militar, os EUA elevaram para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à captura ou condenação de Maduro (valor superior ao oferecido por Osama Bin Laden após os atentados de 11 de setembro). Segundo a procuradora-geral Pam Bondi, o líder chavista é um dos “maiores narcotraficantes do mundo” e representa uma ameaça à segurança nacional americana. O governo norte-americano já apreendeu mais de US$ 700 milhões em bens ligados ao ditador, incluindo jatos particulares e toneladas de cocaína.