Lula da Silva (PT) e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) manifestaram solidariedade à ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, após a Suprema Corte do país manter sua condenação por fraude em contratos de obras públicas, marcando mais um episódio de corrupção protagonizada por lideranças do Foro de São Paulo. Kirchner foi sentenciada a seis anos de prisão e à inabilitação política perpétua, confirmando o julgamento de 2022. Lula afirmou, em publicação na rede X, que conversou com a líder peronista e elogiou sua “maneira serena e determinada” diante do processo judicial.
Dilma também saiu em defesa da correligionária argentina, classificando a decisão judicial como “um ataque inaceitável à democracia”, termo usado frequentemente pelos esquerdistas quando a justiça decide punir esquemas de corrupção, fraude e pedaladas fiscais. Em publicação nas redes sociais, ela afirmou que a sentença seria motivada por interesses da “extrema direita” e não por fundamentos legais. “Expresso aqui minha plena solidariedade. Ela não merece tamanha injustiça”, escreveu a petista, que já esteve sob acusações semelhantes de aparelhamento estatal em seu governo.
A decisão da Suprema Corte argentina impede Cristina Kirchner de disputar as eleições legislativas nacionais de outubro, frustrando seus planos de retornar à vida política por meio da candidatura a deputada pela província de Buenos Aires. A condenação, motivada por contratos com indícios de superfaturamento e favorecimento na província de Santa Cruz, reforça o cerco judicial a lideranças de esquerda na região, que têm historicamente sido envolvidas em escândalos de corrupção enquanto atacam instituições em nome de perseguição política.
