As Forças Armadas israelenses lançaram, na madrugada desta sexta-feira (13), uma ofensiva aérea contra diversas instalações nucleares e militares do Irã, incluindo uma fábrica de bombas atômicas. O ataque ocorre em um momento de fragilidade do regime iraniano, que enfrenta sanções internacionais, instabilidade econômica e protestos internos. Para Israel, a ação foi uma medida preventiva diante do avanço do programa nuclear iraniano. “Nos últimos anos, o Irã produziu urânio altamente enriquecido suficiente para nove bombas atômicas”, declarou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na véspera da ofensiva.
A operação militar de Israel teve como base dados de inteligência que indicavam a possibilidade iminente do Irã converter seu urânio em armamento nuclear. Segundo fontes das Forças de Defesa israelenses ouvidas pela mídia local, o número de ogivas que Teerã poderia produzir pode chegar a 15. A ação ocorre também em meio a temores de que negociações entre Estados Unidos e Irã pudessem resultar em um acordo que legitimasse, ainda que parcialmente, o programa atômico iraniano. “Esta foi uma ofensiva preventiva, precisa e combinada”, anunciou o Exército de Israel em nota oficial.
O bombardeio resultou na morte de altas autoridades militares iranianas, incluindo Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária, e Mohammad Bagheri, comandante das Forças Armadas, além de dois cientistas nucleares. O ataque foi facilitado pelo enfraquecimento regional das milícias aliadas ao Irã, como o Hezbollah e o Hamas, que vêm sofrendo derrotas consecutivas. Em resposta, o aiatolá Ali Khamenei ameaçou represálias, afirmando que Israel terá “um destino amargo”. Apesar da retórica agressiva, analistas apontam que a capacidade de retaliação do Irã está severamente comprometida.