A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou para 5,06% no acumulado de 12 meses, acima dos 4,56% registrados no período anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em fevereiro, o índice avançou 1,31%, marcando a maior alta para o mês desde 2003. O principal responsável foi o aumento da energia elétrica residencial, que subiu 16,80% e impactou o índice em 0,56 ponto percentual.
A alta da energia elétrica ocorreu devido ao fim do Bônus de Itaipu, que havia reduzido as tarifas em janeiro. “Essa alta se deu em razão do fim da incorporação do Bônus de Itaipu, que concedeu descontos em faturas no mês de janeiro”, explicou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA. Outros setores que pressionaram a inflação foram educação, alimentação e bebidas, e transportes, que juntos responderam por cerca de 92% do índice do mês.
Apesar da alta nesses setores, alguns produtos tiveram desaceleração, como os alimentos, que passaram de 0,96% em janeiro para 0,70% em fevereiro. O café moído subiu 10,77% devido a problemas na safra, enquanto os ovos avançaram 15,39% com o aumento da demanda e das exportações. Nos transportes, o crescimento dos combustíveis (2,89%) foi impulsionado pela gasolina (2,78%), óleo diesel (4,35%) e etanol (3,62%), consolidando o impacto sobre o custo de vida da população.