O governo brasileiro decidiu retomar a exigência de visto para turistas dos Estados Unidos, Canadá e Austrália a partir de 10 de abril. A medida encerra a isenção concedida anteriormente e impõe uma taxa de US$ 80 (aproximadamente R$ 469 na cotação atual) para a emissão do documento. A justificativa oficial para a decisão é o princípio da reciprocidade, já que esses países também exigem visto para brasileiros, mas o impacto sobre o turismo ainda é incerto.
Diferentemente das exigências impostas pelo governo norte-americano aos brasileiros, como entrevistas e comprovação de renda, o processo para a obtenção do visto brasileiro será simplificado e feito inteiramente online. Segundo o Ministério do Turismo, o documento poderá ser emitido em até 24 horas, sem necessidade de deslocamento aos consulados. “O fim da isenção é uma decisão da diplomacia do Brasil, em respeito ao princípio da reciprocidade”, afirmou a pasta.
A nova regra contraria a política adotada no governo de Jair Bolsonaro (PL), que havia eliminado unilateralmente a exigência de visto como estratégia para impulsionar o turismo. A gestão atual, no entanto, sustenta que a arrecadação gerada pelos novos vistos não afetará a atração de visitantes estrangeiros. Dados recentes indicam que 2024 registrou o maior número de turistas internacionais da história do país, mas resta saber se a reintrodução da taxa afetará essa tendência.