Alckmin tenta reverter tarifas dos EUA sobre aço e alumínio em meio a atritos diplomáticos

Redação 011
2 Min
Alckmin diz que 'mau gosto de Milei' não afeta relações comerciais com Argentina
foto: Cadu Gomes/VPR

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), se reúne nesta quinta-feira (6), por videoconferência, com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, para discutir a imposição de tarifas sobre o aço e o alumínio brasileiro. A medida, anunciada pelo presidente Donald Trump, impõe uma taxação de 25% a partir do dia 12, em meio a tensões comerciais que envolvem também Canadá, China e México. O encontro ocorre em um cenário de atritos diplomáticos entre o Washington e Lula, que tem apresentado posicionamentos divergentes aos interesses dos Estados Unidos nos campos comercial e diplomático.

As novas tarifas foram justificadas por Trump como uma forma de reequilibrar as relações comerciais dos Estados Unidos, sob o argumento de que países como o Brasil aplicam práticas que prejudicam a economia norte-americana. Segundo o Correio Brasilienze, o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, afirmou que as consequências para o Brasil ainda são incertas, mas alertou que os impactos podem ser negativos. “O atual cenário é incerto e não permite afirmarmos nada. Pensando no que estamos vendo hoje, eu vejo isso como um jogo de perde e perde”, declarou Castro. Além disso, a guerra tarifária entre EUA e China pode atingir diretamente o comércio brasileiro, tornando o ambiente ainda mais instável para exportadores nacionais.

Especialistas apontam que, apesar das dificuldades, algumas oportunidades podem surgir para o Brasil em setores específicos, caso as retaliações se confirmem. O economista Welber Barral destacou que exportadores brasileiros já observam nichos de mercado deixados por Canadá e México, especialmente em commodities como soja, milho e carne. No entanto, a falta de previsibilidade nas relações comerciais e a postura diplomática do governo brasileiro geram preocupações. O encontro de Alckmin com Lutnick será um teste para a estratégia do Brasil diante da nova configuração tarifária imposta pelos Estados Unidos.

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