As tensões entre os Estados Unidos e a Ucrânia se intensificaram após declarações contundentes do presidente americano, Donald Trump, contra o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky. Em uma publicação na Truth Social, Trump chamou Zelensky de “ditador” e criticou a ausência de eleições no país, além de acusá-lo de desviar parte da ajuda financeira enviada pelos EUA. O republicano também afirmou que Washington está negociando diretamente com Moscou para encerrar o conflito na Ucrânia, deixando o governo de Kiev fora das conversas.
A exclusão da Ucrânia das tratativas com a Rússia levanta preocupações entre aliados europeus, que temem um acordo desfavorável para Kiev. O chanceler russo, Serguei Lavrov, elogiou Trump por expor publicamente que a tentativa da Ucrânia de ingressar na Otan foi o estopim da guerra, reforçando a narrativa de Moscou. Em resposta, Zelensky declarou que Trump está influenciado por desinformação russa e criticou o governo americano por ajudar o Kremlin a romper seu isolamento internacional. Enquanto isso, o enviado especial dos EUA, Keith Kellogg, chegou a Kiev para ouvir as preocupações da liderança ucraniana.
Em meio ao impasse diplomático, Zelensky rejeitou um acordo proposto por Washington que previa a concessão de 50% dos minerais estratégicos da Ucrânia como contrapartida ao apoio militar e econômico americano. O presidente ucraniano afirmou que seu país “não está à venda” e insistiu na necessidade de garantias de segurança para encerrar a guerra até 2025. Paralelamente, a cidade portuária de Odessa foi alvo de novos ataques russos, deixando milhares de moradores sem eletricidade e aquecimento em pleno inverno.
