O Equador terá segundo turno nas eleições presidenciais após um empate técnico entre a direita e a esquerda. O atual presidente, Daniel Noboa, representa os liberais e aposta em políticas alinhadas à ordem e ao combate ao crime organizado. Já Luisa González, de viés esquerdista, faz parte do Foro de São Paulo, do qual fazem parte Lula (PT), Nicolás Maduro e o partido responsável pela ditadura cubana. Com mais de 92% das urnas apuradas, Noboa registrava 44,3% dos votos, contra 43,8% de González, levando a definição do pleito para 13 de abril.
O presidente equatoriano tentava assegurar a vitória já no primeiro turno, impulsionado por uma agenda de combate ao crime organizado e fortalecimento da ordem pública. Sua adversária, apoiada pelo ex-presidente Rafael Correa, foragido da justiça equatoriana, e alinhada a grupos de esquerda da América Latina, defende políticas de assistência social e maior intervenção estatal. “Vencemos, estamos quase em um empate técnico”, declarou González, enquanto seus apoiadores comemoravam nas ruas de Quito.
O cenário eleitoral reflete um país dividido entre os que defendem a continuidade das políticas de segurança de Noboa e aqueles que buscam o retorno de um governo ao estilo de Rafael Correa, que estabeleceu aliança com grupos guerrilheiros como as FARC e ditaduras comunistas como a da Venezuela, Cuba e Nicarágua. Em meio ao processo de eleição, o Equador enfrenta uma escalada da violência, com disputas entre cartéis de drogas, e uma economia fragilizadal. “Caso a tendência seja mantida, voltaremos às urnas em 13 de abril”, afirmou Diana Atamaint, presidente do Conselho Nacional Eleitoral, confirmando o segundo turno.
