O governo brasileiro afirmou que seguirá com uma abordagem prudente em relação aos Estados Unidos após o presidente Donald Trump declarar que seu país “não precisa do Brasil”. A declaração do republicano foi feita durante entrevista a jornalistas no primeiro dia de seu novo mandato. Apesar da afirmação, o Itamaraty informou que priorizará os pontos em comum entre as duas nações, reforçando a disposição em construir um diálogo diplomático, meses depois de Lula (PT) se referir ao presidente Trump como fascista.
A secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores, embaixadora Maria Laura da Rocha, destacou que o Brasil pretende analisar com cautela os próximos passos da nova administração americana. “Como somos um povo com fé na vida, vamos procurar apoiar e trabalhar não as divergências, mas as convergências, que são muitas”, afirmou durante anúncio no Palácio do Planalto. A declaração veio em meio a questionamentos sobre a postura brasileira diante da fala de Trump, que também desconsiderou o papel do Brasil em uma proposta de paz para a Guerra da Ucrânia.
Donald Trump reiterou que os Estados Unidos são mais importantes para o Brasil e a América Latina do que o contrário. Ele afirmou desconhecer o envolvimento brasileiro na proposta de paz, que também inclui a China, e aproveitou para reforçar sua visão de liderança global americana. Enquanto isso, declarações de parlamentares do PT e PSOL demonstraram preocupação com a retórica do republicano, que foi classificada como “radical” e “ameaça aos direitos humanos”, uma posição que não é assumida pelo petismo diante as violações de Direitos Humanos dos régimes de Maduro (Venezuela), Ortega (Nicarágua) e de Castro-Diaz Canel (Cuba), aliados ideologicos do PT.