Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos, faleceu neste domingo (29), aos 100 anos, em sua casa na Geórgia. Carter governou o país entre 1977 e 1981, destacando-se por uma política externa marcada pelo diálogo com regimes autoritários. Durante sua presidência, buscou normalizar relações com Cuba e manteve uma relação amistosa com o ditador comunista Fidel Castro, a quem chegou a chamar de “amigo” em diversas ocasiões.
Além da proximidade com o regime cubano, Carter gerou polêmica ao elogiar, em 2012, o sistema eleitoral da Venezuela, controlado pelo chavismo, como “o melhor do mundo”. Essas declarações alimentaram críticas de setores defensores da liberdade, que viam suas ações como um afastamento dos valores democráticos. Apesar disso, foi elogiado por líderes como Lula da Silva (PT), que destacou em suas redes sociais seu papel como ‘defensor da paz’ e afirmou que Carter “será lembrado como alguém que defendeu que a paz é a mais importante condição para o desenvolvimento”.
O legado de Jimmy Carter permanece controverso. Enquanto alguns exaltam seu trabalho humanitário, outros apontam suas aproximações com ditaduras como uma marca negativa de sua trajetória.