O general Igor Kirillov, chefe das Forças de Defesa Nuclear, Biológica e Química da Rússia, foi morto nesta terça-feira (17) em uma explosão em Moscou, aumentando as tensões entre Rússia, Ucrânia e a aliança militar da OTAN. Segundo o Comitê de Investigação russo, a bomba, ativada à distância, estava escondida em uma scooter elétrica próxima a um prédio residencial e também matou um assessor do general. O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) reivindicou a autoria do ataque, que é o primeiro assassinato de uma autoridade russa desde o início da guerra em 2022.
O ataque ocorre em um momento de crescente rivalidade entre Moscou e a OTAN, com o governo russo reforçando sua necessidade de preparar suas forças para um possível conflito direto com a aliança militar. Durante reunião recente, o ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, e o ditador Vladimir Putin destacaram que mudanças estratégicas são necessárias para lidar com ameaças ocidentais, incluindo planos dos EUA de modernizar suas forças nucleares e instalar mísseis na Europa. O general Kirillov era acusado pelo SBU de liderar o uso de armas químicas proibidas na Ucrânia, agravando as acusações mútuas entre os dois países.
Investigadores russos abriram um inquérito sobre o caso, que ocorreu no momento em que Kirillov deixava o prédio. A explosão causou danos importantes e pode levar a uma escalada das tensões na guerra. Fontes ligadas à segurança ucraniana confirmaram que o ataque foi planejado pela inteligência de Kiev, enquanto o governo ucraniano ainda não se manifestou oficialmente.