Lula da Silva (PT) acumula um histórico de elogios e relações próximas com líderes de ditaduras no mundo. Em 2010, ele condecorou Bashar al-Assad, ex-ditador da Síria, com o Grande Colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a maior honraria brasileira para estrangeiros, apesar de Assad ser amplamente denunciado por crimes de guerra. A condecoração foi duramente criticada e levou à tentativa de revogação por parte do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que classificou a homenagem como “inconcebível”.
Além disso, a admiração de Lula por figuras sanguinárias remonta a décadas. Em uma entrevista de 1979, ele mencionou líderes como Fidel Castro, Mao Tsé-Tung, Che Guevara e até Adolf Hitler como referências. No cenário atual, o petista manteve relações próximas com o ex-ditador da Venezuela Hugo Chávez e seu sucessor Nicolás Maduro, Daniel Ortega, da Nicarágua, Evo Morales, da Bolívia, além de Vladimir Putin e Xi Jinping, figuras centrais em regimes autoritários na Rússia e na China.
A derrubada de Assad, concretizada neste mês por rebeldes sírios, gerou reações de líderes internacionais, que celebraram a queda do ditador. Lula, contudo, optou pelo silêncio, contrastando com figuras como Emmanuel Macron, Joe Biden e Benjamin Netanyahu, que condenaram o regime que submeteu o povo sírio durante décadas. A postura do mandatário brasileiro alimenta o debate sobre sua afinidade com regimes antidemocráticos, apesar de supostamente representar um governo democrático no Brasil.