Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, reafirmou neste domingo (8) que cumprirá suas promessas de campanha para deportar imigrantes em situação irregular e acabar com o direito de cidadania por nascimento. Em entrevista ao programa Meet the Press da NBC, Trump declarou que a deportação em massa “tem que ser feita” para restabelecer o cumprimento das leis de imigração. Sobre o direito à cidadania, garantido pela Constituição americana, o presidente eleito afirmou que buscará revogar a medida por decreto executivo, apesar de admitir a possibilidade de levar o tema a um referendo popular.
Além das medidas migratórias, Trump voltou a ameaçar retirar os Estados Unidos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), caso os aliados da aliança militar não assumam uma maior parte dos custos. “Os países da OTAN têm que pagar suas contas e tratar os Estados Unidos de forma justa”, afirmou. O presidente eleito condicionou a permanência do país no bloco à renegociação de um acordo que, segundo ele, seja “justo” para Washington, reforçando sua postura de campanha em favor de um maior isolamento estratégico dos EUA.
Os comentários de Trump sobre a OTAN ocorrem em meio a preocupações levantadas pelo secretário-geral da aliança, Mark Rutte, que destacou a ameaça representada pela crescente aproximação entre Rússia, China e Coreia do Norte. Recentemente, Rutte alertou sobre o apoio desses países à Rússia na guerra contra a Ucrânia, o que torna a possibilidade de uma redução do apoio militar americano à Ucrânia ainda mais alarmante para os aliados europeus. Trump, que reassumirá a Casa Branca em janeiro, indicou que o suporte americano ao conflito “provavelmente” será diminuído.