O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para a segurança pública promovida pelo governo federal, argumentando que ela é insuficiente para resolver os problemas de segurança no Brasil. Segundo Tarcísio, a PEC apresentada pela gestão de Lula da Silva (PT), que busca unificar a atuação das polícias sob o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), “não serve para muita coisa”. Em contrapartida, o governador defendeu uma abordagem mais rígida para combater o crime organizado, propondo que facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), sejam classificadas como grupos terroristas.
Durante o UBS Investment Managers Forum, em São Paulo, Tarcísio destacou que as facções criminosas devem ser combatidas de forma mais contundente na legislação, com aumento das penas e restrição de benefícios para seus membros. “É essencial enfrentar as organizações criminosas de forma mais robusta na legislação”, afirmou o governador. Além da alteração legal, Tarcísio sugere a ampliação do efetivo policial, a valorização das carreiras na segurança pública, e investimentos em tecnologia e inteligência como estratégias para reduzir a influência dessas facções no país.
No evento, o governador também mencionou uma recente força-tarefa estadual para investigar o assassinato de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, um empresário delator do PCC executado no Aeroporto de Guarulhos, o que, segundo ele, evidencia a urgência de um enfrentamento mais sério ao crime organizado. Tarcísio, que vem se posicionando a favor de uma política de segurança pública com foco no aumento da punição e na descentralização do controle, reiterou que a proposta de Lula carece de elementos práticos para impactar a segurança pública, defendendo que o endurecimento das penas é o caminho para tornar o combate mais eficaz.