O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que a recente vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos trará uma nova perspectiva sobre o caso de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está preso preventivamente desde fevereiro deste ano. Segundo Eduardo, a vitória republicana abrirá espaço para investigações que possam esclarecer a suposta entrada de Martins em solo americano, um registro que o ex-assessor nega veementemente. “Agora não só a Câmara, mas o Senado e a Presidência dos EUA estão com os Republicanos (direita)”, destacou o deputado em publicação nas redes sociais.
O caso de Filipe Martins envolve alegações de que ele teria viajado aos Estados Unidos em 2022, um registro contestado tanto pelo próprio Martins quanto por Eduardo Bolsonaro, que classifica o evento como uma fraude. Em um vídeo recente, Eduardo apontou que “foi inserida uma entrada falsa do Filipe Martins no território americano por burocratas de imigração norte-americana”, e enfatizou que, com o Congresso agora sob controle republicano, há chances concretas de expor o que, segundo ele, seria um crime de manipulação de registros migratórios. Deputados e senadores republicanos já foram contatados para investigar a existência de irregularidades.
De acordo com o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), a embaixada americana acompanha o caso e informações preliminares indicam que Martins não entrou nos Estados Unidos em dezembro de 2022, como alegado. Van Hattem apontou que o U.S. Customs and Border Protection (CBP) confirmou que a última entrada de Martins foi em setembro daquele ano, desmentindo o suposto registro de Orlando. Em relatório, Alexandre de Moraes mencionou que a prisão de Martins foi necessária para garantir que ele não evadisse ou destruísse provas. Com a expectativa de uma investigação mais detalhada, os aliados de Bolsonaro esperam que após Donald Trump assumir o cargo, os detalhes sobre essa alegação sejam enfim esclarecidos.