A Câmara dos Deputados bateu recorde de folgas com as eleições municipais, feriados e viagens em 2024. Até o último dia 14 deste mês, foram apenas 62 dias de trabalho em plenário, uma queda de 27% em relação ao ano passado. O menor volume de dias e horas de votação coincidiu com viagens que levaram comitivas para fora do Brasil, vários períodos de recesso extraoficial, além de feriadões esticados, como o Carnaval.
Desde o início do ano legislativo, no começo de fevereiro, a Câmara teve nove semanas inteiras sem votações em plenário, excluindo o recesso parlamentar que ocorre no meio de ano, entre os dias 18 e 31 de julho. Em agosto, foram mais duas semanas extras de recesso, que coincidiram com o fim da janela para as convenções partidárias. Depois, as folgas pegaram o início da campanha eleitoral e as duas semanas decisivas antes do primeiro turno.
Em 2024, as sessões da Câmara e do Congresso duraram cerca de 400 horas até a primeira quinzena de outubro, bem menos que nos anos anteriores, que registraram cerca de 500 horas ou mais.
A assessoria da presidência da Casa não se manifestou ou justificou o motivo de muitas folgas e, consequentemente, pouco trabalho no Legislativo.